Ave Maria
Composer: Fernando Correa de Oliveira (1921-2004)
Fernando Corrêa de Oliveira
| Pater Noster/Ave Maria (versão para Coro Misto), op. 3 (1950) |
| Pater Noster/Ave Maria (versão para Orquestra de Cordas e Coro Falado),
op. 3-A (1950) |
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references, biography information. |
http://www.mic.pt/dispatcher?where=0&site=ic&what=2&show=0&pessoa_id=102&lang=EN
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Fernando Corrêa de Oliveira was
born in Oporto in 1921. From the age of 6 to the age of 10, he studied piano
with his mother, graduating afterwards from the Music Conservatory of Oporto,
where he was a pupil of Cláudio Carneyro and Maria Adelaide Diogo de Freitas
Gonçalves.
In 1948 he travelled to Italy, where he attended a holiday course in
orchestral conducting with Hermann Scherchen. On his return to Portugal, he
passed through Paris, where he made the acquaintance of a new system of
musical notation, which he adopted as his own. In the same year, he began
work on his compositional treatise, "Sound Symmetry". Recently, João Pedro
Cunha defended a master's thesis in England on Fernando Corrêa de Oliveira's
compositional system.
"My point of departure is sufficiently different from others that I cannot
say that I belong to this or that school. There are two phases. I had a
phase in which I composed freely, but I wasn't satisfied with that, because
in composing freely one ends up by also composing like the others. In order
really to be different, it's necessary to be different from the beginning.
(...) The system of composition and composition as such came into being at
the same time, because it always seemed to me that it was the works that
have rise to the system, and not systems that give rise to works. So that,
in order to work out a system, which is what I did, I did not first make the
system and then the works - the works are made in accordance with the system
and the system came into being at the same time as the works."
Fernando Corrêa de Oliveira, January 2004 |
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fernando_Corrêa_de_Oliveira |
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Fernando Corrêa de Oliveira (Porto,
2 de Novembro de 1921 – 21 de Outubro de 2004) foi um compositor, pianista,
pedagogo e teórico musical português. Criou um sistema de composição musical
que designou por "Simetria Sonora", no qual escreveu todas as suas obras a
partir de 1949. Fez várias conferências sobre o assunto nos Conservatórios
Nacional e do Porto e no estrangeiro. Escreveu todas as suas obras musicais
com o sistema de notação de Nicolai Obukhov, do qual foi introdutor e
divulgador em Portugal. Foi o primeiro compositor português a compor uma
ópera infantil (O Cábula). No domínio da pedagogia musical, concebeu um
método de iniciação, inventou o Polyphonium (um instrumento para o ensino do
canto coral) e um método de piano para principiantes. Foi professor em
diversos estabelecimentos de ensino musical (Conservatório Regional de Braga;
Conservatório Regional de Guimarães; Academia de Música de Oliveira de
Azeméis; Academia de Música de Paços de Brandão; Curso de Música Silva
Monteiro; Conservatório de Música do Porto; Escola de Música do Porto;
Escola Superior de Música do Porto). Foi ainda fundador e presidente da
Associação da Juventude Musical Portuguesa do Porto e criou a escola Parnaso,
destinada ao ensino de música, ballet e teatro.
Biografia
Fernando Corrêa de Oliveira nasceu na cidade do Porto a 2 de Novembro de
1921. Teve o primeiro contacto com a música através de um gramofone que o
seu avô levara para sua casa, com géneros musicais bastante variados (fado,
música ligeira, ópera e música sinfónica). Estudou piano com a sua mãe dos 6
aos 10 anos de idade. Entre 1931 e 1941 foi aluno do Conservatório de Música
do Porto, onde completou os cursos superiores de composição e de piano,
respectivamente com os professores Cláudio Carneyro e Maria Adelaide Diogo
de Freitas Gonçalves. Teve mais tarde aulas de piano com Vianna da Motta, em
Lisboa.
Exerceu funções de pianista acompanhador na Emissora Nacional, no Porto, a
convite de Cláudio Carneyro, que era na época director da Secção de
Programas Musicais. Deixando esta actividade, criou um curso de música a que
chamou Orquestras de Estudantes, que funcionava na sua casa na Avenida
Brasil, na Foz do Douro. Nessa casa viria a dar alojamento a diversos
músicos estrangeiros que se instalaram ou visitaram a cidade do Porto, como
o maestro e flautista Carl Achatz, o violetista François Broos, a cantora
Martha Amstad e o pedagogo Edgar Willems.
Em 1948 frequentou um curso de direcção de orquestra regido pelo maestro
Hermann Scherchen, em Veneza (Itália), em que também participaram, entre
outros, Luigi Nono, Bruno Maderna e Joly Braga Santos.
No regresso a Portugal, passou por Paris onde tomou conhecimento dum novo
sistema de notação musical da autoria de Nicolai Obukhov, que viria a
adoptar na escrita das suas composições. Este processo de notação musical
suprime os sustenidos, os bemóis e os bequadros, abandonando o conceito de "notas
alteradas" para dar lugar a uma escola de doze notas em que cada uma tem um
nome diferente (Dó, Ló, Ré, Té, Mi, Fá, Rá, Sol, Tu, Lá, Di, Si). Assim, as
cinco notas musicais correspondentes às teclas pretas do piano são escritas
com cruzes oblíquas, enquanto as restantes sete conservam a grafia
tradicional.
Ainda nesse ano, no Porto, formulou os princípios de um novo sistema de
composição que designou como "Simetria Sonora", que viria a compreender a "Harmonia
Simétrica" e o "Contraponto Simétrico", e que utilizou para compor todas as
suas obras a partir daí. Fernando Corrêa de Oliveira expôs os princípios
teóricos do seu sistema de composição em vários folhetos e artigos, bem como
em conferências realizadas no Porto, em Lisboa e em Darmstad, tendo-o
divulgado junto de figuras como Humphrey Searle, Ernst Krenek, Edgard Varèse
ou Gian Francesco Malipiero. Em 1969 publicou um tratado que contém os
fundamentos da "Simetria Sonora" e que viria a ser reeditado em 1990. De
entre os compositores que viriam a empregar o seu sistema de composição são
de realçar os nomes de Berta Alves de Sousa e de Victor Macedo Pinto.
Entre as diversas inovações que caracterizam a actividade pedagógica de
Fernando Corrêa de Oliveira conta-se a invenção de um instrumento musical
destinado a tornar possível a improvisação coral: o Polyphonium. Este
instrumento, consta de quatro teclados, sobrepostos dois a dois em planos
diferentes de maneira a possibilitar a execução dos quatro teclados por uma
só pessoa. Esses teclados comunicam electronicamente com quatro quadros em
que figuram (na notação de Nicolai Obukhov) as notas da escala dodecafónica.
Ao premir uma tecla aparece iluminada a nota correspondente. O Polyphonium
teve uma segunda versão, portátil, reduzida a metade dos teclados e dos
quadros, e é propria para improvisos a duas vozes. Fernando Corrêa de
Oliveira fez demonstrações públicas do Polyphonium no Conservatório de
Música do Porto e no Teatro Municipal de São João (Porto) e, mais
recentemente, doou os dois aparelhos à Câmara Municipal de Matosinhos.
Incentivado por João de Freitas Branco, fundou a Associação da Juventude
Musical Portuguesa do Porto, da qual foi presidente, e que durante 10 anos
realizou inúmeros concertos e concursos.
Em 1957 fundou, na sua terra natal, o Parnaso, uma escola destinada ao
ensino da música, ballet e teatro. Nessa escola, em cooperação com o
violinista Henry Mouton, o violetista François Broos e a violoncelista
Madalena Costa Gomes de Araújo, entre outros, desenvolveu uma notória
actividade pedagógica, implementando um processo de aprendizagem sob a forma
de ensaios de orquestra e de coros e levando à prática o seu método de
Iniciação Musical que se caracterizava pela abordagem da atonalidade logo
desde o início. Além dos já referidos, foram professores nesta escola
algumas personalidades de vulto da vida musical portuguesa como Eurico
Thomaz de Lima e entre o elevado número de alunos que frequentou a escola
podem destacar-se os nomes de Jorge Constante Pereira, Pedro Burmester ou
José Mário Branco Além da componente pedagógica, o Parnaso foi durante
décadas um pólo de actividades culturais diversificadas (concertos,
concursos...), sendo de realçar o facto de o auditório desta instituição ser
um dos melhores da cidade para a época.
Entre os alunos de Fernando Corrêa de Oliveira, ao longo da sua carreira de
docência, encontram-se nomes como o de Luís Pipa e João-Heitor Rigaud.
Em 2003, o violinista João Pedro Cunha defendeu em Inglaterra uma
dissertação de mestrado sobre sobre a vida e obra de Fernando Corrêa de
Oliveira.
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May 25, 2013
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